Texto e fotos: Jorge Bronzato Jr.
Quando pisaram o palco e entoaram os primeiros acordes, parecia que estavam ali, de fato, os quatro rapazes de Liverpool, trazidos a 2010, quiçá, por uma bendita anomalia temporal. E manteriam a dúvida assim, injetada nos olhos e ouvidos dos espectadores, até o final do concerto, graças à perfeição dos vocais e trejeitos reencarnados mais de quatro décadas após o fim dos Beatles.
Não, não eram eles. Mas eram os argentinos dos “The Beats”, considerada – com justiça – a melhor banda Beatle no mundo. No palco, Patricio Pérez (George Harrison), Diego Pérez (John Lennon), Rubén Tarragona (Paul Mccartney), Martín Pizzo (Ringo Starr) e Esteban Zanardi (no teclado) remetem os espectadores aos tempos áureos da “beatlemania” e são impecáveis ao revisitar os grandes clássicos do grupo.
Foi assim no início do mês, em uma apresentação em Bento Gonçalves. Casa lotada no anfiteatro Ivo Antônio da Rold – todos em busca da nostalgia de um momento musical que sequer vivenciaram, querendo suprir uma saudade de algo que não conheceram senão por discos, rádio e tevê.
Além do consagrado repertório e da simpatia com o público, os músicos ainda representaram cenicamente alguns dos mais importantes momentos da carreira do quarteto, sempre contando com figurinos e cenários semelhantes aos da época. Nem mesmo o “bed-in”, apelo à paz de John Lennon na cama, ficou de fora.
Não, não eram eles. Mas bem que parecia.
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