Em tempos nos quais a palavra música está muito mais associada a mps e ipods, a expressão “conservatório de música” tende a soar extremamente arcaica a ouvidos mais modernos. Mesmo assim, uma iniciativa como esta, aos olhos de algumas pessoas e instituições, ainda é um resgate da arte musical em uma forma mais profunda.
Implantado há pouco mais de um mês, o Conservatório de Música da Fundação Casa das Artes, de Bento Gonçalves, apostou nessa ideia e já tem em suas oficinas 164 alunos. São jovens bento-gonçalvenses com idade entre 5 e 16 anos, divididos no aprendizado de 15 instrumentos ou técnicas musicais.
Muitos alunos estão pela primeira vez descobrindo os segredos da arte musical. É o caso de Vinícius Augusto Numer, de 13 anos, que escolheu o teclado. “Sempre gostei de música, daí veio essa vontade de aprender. E o teclado é o instrumento que eu mais gosto”, conta o garoto, que diz ter o rock como estilo preferido.
Vinícius aprende com o professor Rafael os segredos do teclado
O professor de Vinícius, Rafael Vignatti, considera “fantástica” a iniciativa de implantação do Conservatório. “É um passo enorme para a cultura proporcionar esse contato com a arte”. A avaliação de Vignatti sobre as aulas é extremamente positiva. “Está bem interessante, as turmas estão progredindo de uma maneira muito significativa”, completa.
Segundo Juliano Volpato, presidente da Fundação, a própria Casa também está em um processo de aprendizado com o Conservatório. “Estamos implantando e fazendo funcionar. A partir do que nós observarmos, vamos formatar as turmas e os níveis para o ano que vem”, explica.
Todos os 10 professores que atuam no Conservatório foram contratados por chamamento público. Os alunos, por sua vez, ganharam os instrumentos, mantendo a responsabilidade de conservá-los e de comparecer às oficinas.
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